terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Emancipate yourselves from mental slavery".

“None but ourselves can free our minds”. 
(Bob Marley)

Não conheço definição melhor para o preconceito que "escravidão mental". Entendo-o como idéias pré-concebidas sem conhecimento. A cegueira-voluntária. O ódio irracional. De fato, ninguém além de nós mesmos poderia libertar nossas mentes. Dentre as formas corriqueiras de manifestação do preconceito, uma em especial me chamou a atenção recentemente. Estava eu me dirigindo ao Centro da cidade, eis que me deparo com o seguinte outdoor:




Sinceramente, com todo o respeito que tenho a todas as religiões, bem como à ausência dela, não entendo como a religião poderia legitimar a homofobia e o incentivo ao ódio. Não sei bem o que este Pastor quis sugerir com “preservação da espécie humana”. Será que ele pensa realmente que a orientação sexual de alguns estaria condenando a humanidade à extinção? Será que ele não sabe que os casais homoafetivos constituem família, e, segundo recente entendimento do STJ (louvável) podem adotar crianças? Tentei ser respeitosa, mas é risível. Ninguém em sã consciência pode concordar com tamanha ignorância.

Da mesma forma que a liberdade de expressão não pode ser pretexto para que alguém defenda abertamente o nazismo, entendo que, alguns deveriam refletir antes de propagar determinadas idéias, pensar nas conseqüências de seus atos... Será que Deus gostaria que o ódio contra os gays fosse disseminado pela igreja? Parece-me que a resposta é óbvia.

Inclusive, conversei sobre isso com o João, meu amigo de infância, autor de textos maravilhosos e esclarecedores, dentre eles o já famoso "A doenca da religião". O conhecimento liberta. A filosofia, a razão, o saber. Infelizmente em alguns casos a religião aliena. E esse me parece ser o caso dos que concordam e apóiam as estapafúrdias idéias do Pastor Malafaia.

Dentre as várias facetas do preconceito, desde as clássicas (cor, idade, sexo, orientação sexual, classe social, doença) até as mais recentes (nordestinos e ateus) podemos encontrar uma multidão de seguidores. O ponto em comum entre eles é a burrice. A quantidade de preconceito que cada um de nós tem é inversamente proporcional a de inteligência. Não tenho qualquer pudor em afirmar que as pessoas preconceituosas são burras. E não há conotação pejorativa aqui. Não falo da falta de estudo. Em sua grande maioria as pessoas preconceituosas têm a mente limitada, não querem se abrir a novas idéias. Não querem fazer o menor esforço para pensar diferente. E se escondem, atrás da máscara do ódio.

Já ouvi pessoas falarem, abertamente que, “não são racistas, mas não gostariam de um netinho com o cabelo ruim”. A afirmação que mais me enraiveceu sempre foi “não me sinto atraído por pessoas negras”. Há uma ainda pior “vai dizer que se o seu filho fosse gay você não ficaria chateada”. Só consigo sentir nojo. E talvez fosse esse o meu único preconceito: contra pessoas preconceituosas. Mas eu luto. Tento respeitar as diferenças. Só que o respeito é uma via de mão dupla...

Falarei agora do preconceito que já sofri. Todo mundo já passou por isso, de uma forma ou de outra. Recentemente, um senhor puxou papo no ponto do ônibus, indagando-me acerca da minha tatuagem. Acho que ele não gostou muito das minhas flores-de-lótus, e ainda disse que considerava aquilo uma mutilação. Eu, que não sou fácil, retuquei: “Brincos também o são. Até mesmo cortar o cabelo ou as unhas. Tatuagem é arte. É uma questão cultural”. Prá discutir comigo tem que ter argumentos válidos. Se ele tivesse falado simplesmente que não gostava, não entendia, ok. Mas não me venha com papo-furado.

Por incrível que pareça, também já sofri muito preconceito por ser vegetariana. E por não beber.  Isso não quer dizer que eu não tome nem uma tacinha de vinho. Simplesmente nunca tive o hábito de beber, de sair prá beber cerveja. Quando eu falo que sou vegetariana sempre vem um “mas nem peixe você come?”ou "você come o que então?". E quando sou chamada prum choppinho e digo que não bebo, a pessoa arregala os olhos e pergunta se eu sou evangélica.

Mas o preconceito diversifica-se, minha gente. Tem preconceito contra gente bonita. Isso mesmo. Se a pessoa é bonita não pode ser inteligente, é logo tachada de burra.

Ando sem paciência para o preconceito. Mas ao mesmo tempo sinto certa compaixão. Do quanto se privam os preconceituosos, imersos em seu ódio. Privam-se do conhecimento, e ficam presos a uma alma pequena. Privam-se de bons amigos. E acabam perdidos em meio a sua própria ignorância.


22 comentários:

  1. Adorei vc ter abordado o Malafaia. Cara sem escrúpulos que enriquece às custas de muita gente burra, desorientada e sofrida! Abomino essas raposas religiosas!!!

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  2. Recentemente, assisti um vídeo que tratava deste assunto. O mais engraçado é que os evangélicos que defendem estas teorias começarão a provar de seu próprio veneno em breve: O preconceito. Aliás, muitas das pessoas que eu conheço já possuem preconceito contra evangélicos. Afinal de contas, eles estão começando uma verdadeira caça as bruxas. Se você não segue a religião deles, vai pro Inferno. Se você não é heterossexual, vai pro inferno.

    Mas se tudo não passasse disso, acredito que o problema seria menor. A verdade é que esqueceram que o Brasil é um Estado Laico, neutro com relação as religiões, e os assim chamados "Pastores" estão assumindo cargos políticos. Tanto que arquivaram o PLC 122 ( http://www.naohomofobia.com.br/lei/PROJETO%20DE%20LEI%20plc122-06.pdf ).

    Finalizando, ressalvo que não estou generalizando, pois possuo amigos e conhecidos evangélicos que tratam com respeito aqueles que não concordam ou não seguem sua crença(embora ainda acreditem que eu vá para o Inferno por não ser um deles...).

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  3. Já gostei muito do Malafaia a ponto de demorar anos para acreditar que ele não é mais um homem sério.

    Com relação a tatuagem, realmente não gosto e este é meu único argumento. Tenho não ser preconceituoso entre preconceituosos.

    Confesso que não tenho vergonha da minha fé, porém ando com vergonha de ser evangélico. Embora pratique minha fé, a maioria das pessoas só percebe isso quando faço uma gentileza a mais, ou dou um conselho para não entrar numa briga ou até mesmo porque me recuso a ficar alcoolizado. É triste ter chegado a este ponto, muito triste mesmo.

    Sobre a questão de céu e inferno, faz parte dos ensinamentos bíblicos, então ou eu creio ou simplesmente abandono a fé e vivo como quero. Naturalmente que a Bília não é a fonte da minha fé, que não se manteria em meio a tantos argumentos filosóficos. Para mantê-la sou constantemente admoestado a fazê-lo por uma força que chamo de Deus, e não há argumento lógico para isto. Eu simplesmente decidi viver assim, da mesma maneira que outros decidiram viver de outra forma.

    Respeito para ser respeitado. Não critico para não ser criticado. Não exponho o outro para não ser exposto.

    Devido a minha fé, creio mesmo que aqueles que não aceitam que existiu um Jesus que é o filho de um Deus e que nasceu como homem e morreu para nos resgatar da cagada original, vão mesmo para o inferno. Creio também que eu corro o mesmo risco que toda a população de ir também, pois a salvação seria um ato de favor imerecido de Deus, então Ele me salva se quiser. Por conta desta crença, quando sou confrontado, não me resta alternativa a não ser me posicionar, porém com a mesma tranquilidade que digo que sou Flamengo e aceito que o outro é Botafogo. Cada um na sua.

    Tento viver desta forma, respeitando a diferença e mantendo contato com os "ímpios", como meu grande amigo kardecista Flávio Filipe, meu amigo ateu durante muitos anos, Marcelo Portela, minha amiga católica praticante e fervorosa Lourdinha, meu amigo homesexual Marquinhos, e por ai vai. Imagino que se o modo de vida deles pode parecer inapropriado para mim, então o meu deve parecer para eles, então provamos nossa amizade continuamente ao nos respeitarmos e tolerarmos.

    Ah, e sobre o estado laico, penso que é só no papel, já que no mundo inteiro, grupos lutam para alcançar o poder e lá estabelecer seus pontos de vista. Sempre foi assim, e creio que nos anos que me restam, continuará a ser. Então se é assim que o mecanismo político/social maquiado de estado laico funciona, porque não evangélicos, católicos, espíritas e outros não poderem concorrer aos cargos públicos. Que o façam e que vença o melhor (mais dinheiro, mas corrupto, mas conectado, etc).

    É isso. Minha insôania não foi de todo ruim, não é?

    Abração!!!!!!

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  4. Pessoal, vocês foram rápidos demais, nem me deram tempo de corrigir os eventuais erros de Português causados pelo sono e colocar o link do texto do João! Ainda assim agradeço o carinho e tentarei responder a todos com o mesmo.

    João, o Malafaia tem dado entrevistas corroborando este entendimento desprezível de que os homossexuais vão arder no fogo do inferno. Li ontem, horrorizada, sobre casos de "estupros corretivos" que têm ocorrido pelo mundo. Isso mesmo, os homens se acham no direito de estuprar as lésbicas para ver se elas "viram" hétero. Acredito que o Sr. Malafaia não tenha idéia do ódio que ele está incentivando.

    Bruno, fico muito triste pela ignorância das pessoas que pensam que os que não professam a mesma fé vão para o inferno. Só acredito em Deus porque sei que ele é justo. E que não vê religião, raça, cor, sexo... Isso é coisa dos homens. Segundo esse raciocínio, todo o oriente iria para o inferno. Lamentável.

    Beto, não estou lembrada de você e nem sei como chegou ao meu Blog, mas agradeço por ter escrito tanto, muito embora não concorde com várias das suas idéias e não tenha gostado de ter sido chamada de "ímpia". Também sou espírita, como seu amigo. Ímpio é quem pratica a impiedade e a injustiça. Não entendo como uma crença que mudou minha vida e me ensinou o valor da caridade e da compaixão, possa ser ruim. Enquanto alguns gastam energia com seus dogmas separativistas e preconceituosos, poderiam estar praticando o ensinamento maior de Jesus (e porque não também de Krishna e Buda?), o amor.

    Não acredito no inferno, mas mesmo assim fico muito triste quando escuto esse tipo de coisa. Creio que o caráter de uma pessoa é o importante. Se ela faz o bem, se ela tem bom coração. Não creio que alguém que se diz Cristão, jejua e vai à Igreja toda a semana seja melhor que um ateu que tem uma vida correta e digna. E nem melhor que aquele que erra, afinal, Deus ama a todos nós.

    Apesar disso tudo, não creio que ninguém deva ter vergonha de sua fé. Admiro muito a fé, e não conseguiria viver sem a minha. Não a fé cega, mas a fé raciocinada, que questiona e encontra sua própria verdade. Siga na sua fé, e seja feliz.

    Abraços em todos,

    Natalia.

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  5. Ola Natalia. Não nos conhecemos. Simplesmente atendi ao chamado do Junior.

    Ah, eu coloquei o termo "ímpio" entre aspas justamente para que você soubesse que não concordo com o caráter discriminatório do mesmo. Foi uma tentativa de me solidarizar com seu sentimento de repulsa, do qual também compartilho e lhe mostrar que discordo do uso deste termo com este objetivo.

    Como disse, também não me envergonho da minha fé, e sim do rótulo de evangélico, por ser relacionado a gente burra, preconceituosa e separatista.

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  6. Não acho que os evangélicos sejam assim, há muitas pessoas esclarecidas. Tem gente boa e ruim em qualquer religião, entre os ateus... Fique tranqüilo que ninguém que tenha cérebro vai achar que você é burro e preconceitusoso por ser evangélico.

    E agradeço ao João por estar divulgando o Blog.

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  7. ...uma mente preconceituosa é uma mente limitada! E limitação minha amiga, não combina com inteligência, existe uma diferença entre inteligência e ser culto, tem, gente culta, letrada, no entanto limitada, ou seja, pouco inteligente, a inteligência é algo nada e a mente ilimitada também...você a tem...
    O preconceito é algo difícil mesmo de entender, principalmente quando diz respeito a algo extremamente subjetivo e pessoal que nada tem a ver ocm o mundo externo, como a orientação sexual. O cartaz do qual você falou está por aí desde o segundo turno da campanha eleitoral, quando envolveram religião, sexualidade e política, o que foi lamentável e exaustivamente comentado por mim, não vou entrar novamente nesse mérito...Não tem como entender em um país com tamanha diversidade cultural, religiosa e racial haja preconceito. Esse preconceito tão enraizado e infelizmente ou felizmente, pelo menos nos fez saber, exposto nos últimos meses, mostra uma parte forte e numerosa da sociedade brasileira, uma parte preconceituosa, totalitária e reacionária, que eu te confesso, pode me chamar de ingênua, mas eu não fazia idéia que existisse com tamanha força. Essa parte da sociedade aproveitou um momento político e social favorável para expor suas idéias fascistas, por assim dizer, sem medo de usar um termo pesado, pois o assunto o é...
    O preconceito contra homossexuais começou com o advento da igreja católica, até então na Grécia antiga, por exemplo, não existia a idéia do que é homossexual, a partir da igreja católica, se concretizou o que seria pecado, o certo e o errado, tudo de acordo com as leis de Deus...o que não quer dizer que todos os católicos, evangélicos, ou seja lá de qual religião for sejam preconceituosos, ao contrário, ainda bem estes seres pouco evoluídos ainda são minoria, porém tem voz...
    Eu tenho uma opinião sobre o que Deus quer, e ele mesmo o disse na Bíblia, “amai ao próximo como a ti mesmo”, se seguíssemos essa vontade Dele seríamos mais livres e felizes. Mas infelizmente minha amiga, é triste, mas o mundo é um poço de preconceito e intolerância, em vários sentidos, a religião hoje serve para justificar vontades políticas e intolerâncias de pensamento...
    O preconceito que você bem citou de gente bonita, não é bem um preconceito minha amiga, é a inveja, um dos piores, se não o pior sentimento que alguém pode ter...não liga para os invejosos e os preconceituosos, estes são infelizes e frustrados...e você é linda e feliz!

    PS: Amo a música título do seu post, nada caberia melhor...Emancipate yourselves from mental slavery...

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  8. Não concordo que evangélico seja sinônimo de burro. Eu mesmo sou evangélico! Por que o quer dizer ser evangélico? Acreditar em Cristo, no seu nascimento, na sua ressurreição e, obviamente, na sua salvação. Evangelho é as boas novas de Cristo. Recebi-as e creio em Jesus não só como um homem de Filosofia brilhante mas como Deus encarnado, sim, EU CREIO NISSO.

    Seria uma loucura me chamar de burro assim por assim, não é?

    A Igreja que se denomina evangélica no Brasil é, simplesmente, uma instituição com ALTOS fins lucrativos, que se enriquece às custas de gente honesta. São tantas as pessoas de fé pura e simples contaminadas por estudos bíblicos certamente tendenciosos, mesquinhos e muito duvidosos.

    Eu li a Bíblia inteira. Tive o prazer de passar 6 meses em seminário evangélico. Orientei-me, não só pela razão, mas na busca em Deus por respostas para tantas dúvidas, tantos senões, tantos pontos cegos deixados no cânon.

    Não consigo admitir que as pessoas prefiram cegar-se para tanta dificuldade que existe na interpretação das escrituras. GOstaria que tivessem a humildade de dizer: ISSO NÂO SABEMOS COM CERTEZA!

    Poucos são os CRISTÃOS que têm a dignidade de admitir isso. Sugiro a leitura ESPETACULAR do autor Philip Yancey- Maravilhosa Graça. É desses livros cheios do Espírito Santo e que não tem medo de admitir: -não sabemos tudo!

    Jamais promoveria um ataque à fé Evangélica. Mas ABOMINO os fundamentalistas como o ESTÚPIDO mal- -caráter do Silas Malafaia e de tantos ladrões que fazem do altar da igreja seu palanque político, sua fonte de riqueza e propagação de ideias mentirosas contra a razão, a ciência e, PASMEM, contra a própria Bíblia.

    Se Deus é amor, onde é possível encontrar Deus nos gritos histéricos durante cada sermão do referido pastor e de tantos outros. Não há qualquer exortação, só histeria coletiva e uma verdadeira paixão pela mutilação da alma em função de um enrustimento e frustração da psiqué.

    Freud deve explicar!

    Só para constar: Há mais gays na Igreja do que numa boite gay!!!!!!!!!!!!!!! E muitos dos gays que frequentam tais boites foram ou são evangélicos!

    "O oprimido é o opressor!"
    Pensem nisso!

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  9. Boa noite, Natalia.
    Vim só registrar uma passagem de agradecimento e vi um diálogo fervoroso, rs. Como estou "de passagem", não me estenderei nas palavras.
    Grato pela visita, pelo comentário e por tornar-te seguidora. Retribuirei tudo =]
    Depois volto com mais calma pra conhecer o teu cantinho.
    Bjus.
    Ps. vc captou bem a msg que escrevi.

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  10. Rechaço o conteúdo da placa, mas defendo a TOTAL liberdade de expressao, inclusive a do autor do quadro. Por mais q discorde no mérito (não vejo risco à preservação de nossa espécie dado o número de habitantes da Terra, e para mim quem leva risco às famílias são os bandidos, e não os gays [exceto se for um bandido gay rss]), penso q ele ñ deveria sofrer QUALQUER puniçao por expressar-se -- embora ninguém neste blog tenha sugerido isso.

    Para MIM as únicas restrições à LIBERDADE de manifestação deveriam ser a (1) incitação à violência (e ñ foi o caso) ou (2)palavras q gerem riscos à outros (exemplo: gritar num cinema lotado "fogo", levando as pessoas a correr desordenadamente, pisoteando-as umas às outras). Fora isso, palavras sao combatidas com palavras, ou ñ ha verdadeiramente LIBERDADE de expressao, há apenas meia-liberdade.

    Outro risco q me incomoda é o da ditadura do politicamente correto (Ñ estou acusando ninguém aqui, novamente é apenas uma ideia q exponho). Se o cartaz fosse em favor dos gays estaria o pastor cometendo alguma falta? Claro q ñ! Mas a LIVRE expressao só pode se dar em favor de um dos lados? Em favor dos gays pode, mas contra os gays ñ pode? A favor, por ex., do aborto pode, mas contra ñ pode? A favor do MST pode, mas contra ñ pode? A favor das polícias pode, mas contra elas ñ pode? A favor do Presidente pode, mas contra ñ pode? A favor da liberaçao do uso de armas pode, mas a favor da proibiçao das armas ñ pode? A favor da proibiçao da maconha pode,mas pela legalizaçao do bagulho ñ pode?
    E se o cartaz fosse em favor dos heterossexuais, seria preconceito anti-gay? E por aí vamos...

    A LIVRE expressao gera conflitos, mas deve ser garantida sempre (EU aceito apenas aquelas 2 excessoes), ou começaremos a policiar certas coisas. Umas coisas poderao ser ditas mas outras ñ. Isso ñ seria liberdade.

    Bruno Carvalho

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  11. Bruno, acredito que você levantou um ponto importante nos seus argumentos! Ele é importante justamente porque aponta para a liberdade de expressão! Só que há um diferença que você não contemplou: Opinar é diferente de fazer propaganda!

    Me explico! Eu tenho todo o direito de não concordar com a homossexualidade das pessoas (eu não tenho qualquer problema). Não acho que seja bonito e politicamente correto que alguém diga uma coisa dessas, no entanto, é um sentir, às vezes incontrolado. Eu não sou obrigado a, por exemplo, sentir atração por pessoas da raça negra (não é o meu caso, acreditem)e, embora não seja de bom tom, eu posso opinar acerca disso numa roda de amigos ou, até mesmo, numa entrevista. ISTO É LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

    Posso também argumentar e usar a Bíblia ou qualquer outro livro para respaldar uma vertente de fé e reunir seguidores em torno dela, não vejo nenhum problema nisso e, inclusive, concordo que há fortes indícios para se pensar, a despeito de outras possíveis interpretações mais genéricas e políticas, que a Bíblia condene a homossexualidade e outras práticas consideradas "ímpias". Eu posso argumentar, sim, tomando isso como respaldo. Isso é liberdade de expressão também.

    Outra coisa totalmente diferente é sentir no direito de fazer propaganda contra determinado tipo de grupo. Eu posso, sim, ser a favor ou contra do porte de armas, do comportamento policial, das políticas públicas, legalização da maconha; porém, não acredito que eu tenha o direito de me posicionar contra as mulheres, ou contra os pobres, ou contra os gays ou contra os negros, ou contra os índios...porque tudo isso não é uma questão de opinião e, muito menos, de escolha.

    O que me dá direito dizer? A homossexualidade deve ser banida, é pecado, os homossexuais são ímpios e estão contra Deus? PORRA! Vá discutir com Deus, caralho...e não me venha dizer que é culpa do Diabo. Alguém, em sã consciência, escolheria nascer na África, ser pobre, negro e ainda homossexual? Se alguém se encaixa neste perfil não é por escolha... e FILHO DA PUTA FUNDAMENTALISTA nenhum tem o direito de dizer que um "pobre miserável" desses é inimigo de Deus. Seria mais justo alguém dizer que Deus é inimigo deste "pobre miserável". (PERDOEM ESTE PARÁGRAFO REVOLTADO)

    Nós temos que pensar muito antes de emitir uma opinião. Eu não posso dizer que qualquer coisa é "dizível" só porque não coloca a VIDA strictu sensu em risco. Vida, orgulho, sentimento de pertinência, estima, cultura...Há muito mais na vida de um homem do que, simplesmente, ossos e veias posicionadas nos seus devidos lugares.

    Qual é o sentimento que você teria, sendo negro, judeu ou homossexual se lesse numa camisa uma frase do tipo ORGULHO ARIANO? Liberdade de expressão e ponto? Porra nenhuma! Você lembraria de como o ser humano foi mesquinho e de como pessoas como você foram sacrificadas e humilhadas em nome de uma propaganda maldita, desgraçada, odiosa e infeliz como essa. Foi assim que holocausto começou. É assim que bullying começa todos os dias nas escolas. É deste jeito que a alma das pessoas vão sendo mutiladas...Porque todo mundo se sente no direito de falar qualquer merda em nome da famosa LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Hoje, é uma camisa, amanhã um desenho inocente, depois, um outdoor, amanhã um discurso em Brasília e, logo, uma lei DE CAÇA ÀS BRUXAS...

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  12. (cont.) [Não coube tudo na postagem anterior]

    Sou qualquer coisa, caro Bruno, menos politicamente correto. Eu sou mesmo é muito incorreto! E a minha política seria burra e, como você deve ter percebido a minha falta de elegância, feita aos berros.

    Eu sou a favor do amor e abomino os conflitos estúpidos. A Bíblia nos ensina a evitar discussões vãs, sabe? Discutir a aceitação das pessoas é em vão. Pelo que as pessoas são, não devem ser rechaçadas, agredidas, aludidas por qualquer cartaz discriminatório...Isso não é democracia, meu caro, isso é opressão. Porque, se amanhã a Rede Globo resolve colocar na sua grade um programa de televisão que se disponha contra os negros, por exemplo, respaldados pelos homens dos Poderes, o que poderá a imensa população negra fazer.

    Se um DESGRAÇADO (no sentido literal da palavra) como o Silas Malafaia, rico que só ele, resolver discriminar os milhões de gays do nosso país nos seus discursos televisivos (coisa que já o faz), outdoores e outros veículos de propaganda...Como poderão os homossexuais defender-se.

    Você pode dizer. Mas os homossexuais têm direito a fazer PARADAS GAYS, expor a sua opinião. SIM, porque ELES são a minoria oprimida. É uma atitude de afirmação e que gera aproximação, amor e entendimento da sua luta. Não é para discriminar o hétero ou direcionar uma massa para uma prática qualquer, senão um simples grito pela sua liberdade!

    SEM MAIS.
    João Claudio de Lima Júnior

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  13. ok, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, vc ñ precisa dizer qq coisa, mas vc PODE. para mim o cartaz acima ñ foi criminososo, pq só aceito barreiras à LIVRE expressao qd incitam a violência ou levam risco à integridade alheia.

    Como disse, n acredito em meia-liberdade de expressao, entao levanto outras questoes:

    > camisas escritas "100% negro" podem, e camisas "100% branco", sao racistas?
    > camisas "100% paraíba" podem, mas camisas "100% paulista" sao bairristas?
    > camisas "aceite jesus" sao aceitáveis, mas camisas "negue jesus" sao condenáveis?
    > orgulho de ser mulher é feminismo, mas orgulho de ser homem é machismo?
    > orgulho gay é aceitável, mas o de ser heterossexual é condenável?
    > orgulho de ser latino é bonito, mas e o de ser, por ex., inglês, é imperialismo?

    Para mim, TODAS as camisas e orgulhos acima, pró e contra qq coisa, sao aceitáveis.

    Bruno Carvalho

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  14. É Bruno...O seu problema é que você não tem critério crítico. Você colocou uma coisa na sua cabeça de ideias prontas e defende o seu IDEAL sem olhar para os desdobramentos e consequências do mesmo. Nesta direção, não há nada que eu possa dizer, pois não se tem nada a dizer a quem pensa saber tudo. VOCÊ É UM RECIPIENTE cheio.
    Quanto às suas perguntas...os meus tópicos já foram suficientemente claros,talvez, você não tenha tido espaço suficiente dentro de você para tentar digerir as suas propostas. Como vc não me propôs nada de novo, peço que você leia novamente o que eu escrevi e se dê um tempinho de reflexão. Acho que vc não fez isso ainda! Não tenha pressa em dizer, espere SENTIR!
    Abraços!

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  15. Ok Junior, vou reler e dps contestarei. Agora, sou um "recipiente cheio" e "tudo sei" apenas por ñ ter mudado de opiniao após ler sua resposta?

    Até,
    Bruno Carvalho

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  16. Não Bruno...A questão é que você não demonstrou ter refletido acerca dos pontos que apresentei e recolocou questões que, frente ao que eu havia considerado, eram meras repetições, típico de alguém que insiste num ponto não por considerá-lo francamente, mas por ter uma opinião formada. É bom formas opiniões e é digno repensar e mudar. Quando disse o que disse nas minhas respostas não era para que mudasse de opinião, senão que argumentasse, colocasse novos pontos e me fizesse enxergar coisas que eu não havia enxergado. Deu-me a impressão de que vc repetiu os seus argumentos por ter ignorado os meus...Neste sentido você pareceu-me uma pessoa do tipo "tudo sei" ou "recipiente cheio". Lamento ter usado adjetivos um tanto quanto duros sem conhecê-lo, mas senti-me ofendido ao ter o meu ponto de vista ignorado por você, justamente por eu ter feito uma longa explanação acerca do que você apresentou. Foi só isso, nada mais!
    Abraços!

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  17. CAcildis, vc ficou incomodado só pq n contraditei seu texto? Entao ñ namore a mesma mulher por mais de um ano, garanto q qd elas se sentem à vontade vc tem MTO mais estresses rss.

    Ñ te constestei especialmente pq me propus a levantar dilemas (aqueles casos q sugeri acima) qto à liberdade de manifestaçao, mais doq efetivamente responder e ser respondido, sacou? Tanto q ate reproduzi esses dilemas no tópico seguinte deste blog. Eu pretendia mais q pensássemos o quanto aceitamos DE VERDADE a palavra dos outros (e n so da boca para fora) doq propriamente q debatêssemos --embora eu adore debater.

    Mas eu deveria ter avisado s/ isso em meu escrito.

    Posso responder à um tópico seu q recordo. Qd se faz uma propagando maldita --q pode sim resultar em bullying-- ela deve ser combatida primordialmente com educaçao e contrapropaganda. Sou um defensor radical da libre manifestaçao, ainda q ela gere manifestaçoes estúpidas ou oq vc mesmo chamou de "falar qq merda", mas é um preço módico q pagamos por viver numa democracia. "Ah, vc pensa assim por n ser de uma minoria oprimida". Na verdade, ao pensar assim eu dou a mesmíssima abertura às "minorias" para criticarem livremente as maiorias -- ou à mim mesmo.
    Ñ devemos, contudo, confundir críticas c discriminaçao, q é algo péssimo. Como dizia aquele falecido Pastor, numa afirmaçao contra o racismo mas q serve p/ qq preconceito, "q as pessoas sejam julgadas por seu caráter, e n pela cor de sua pele".

    E qd houver discriminaçao pública? E qd houver o caso q vc mesmo citou do desgraçado Silas? Os gays podem fazer um outdoor igual ou maior c sua propaganda, podem fazer sua passeata de 500 mil gays --como ja fazem--, podem ir à programas de TV q os recebam(Superpop... SÉRIO!rs E a audiência da Gimenez é alta. SÉRIO!rs), podem ate, se o Silas pegar pesado (o q NAO foi o caso deste cartaz) ir à Justiça. Ñ se deve, contudo, vetar por lei a palavra à ngm, ou vamos entrar num terreno de subjetividade, extremamente fértil para a ditadura do politicamente correto.

    Outro dia li algo mt legal s/ democracia no O Globo (n lembro qm escreveu): o diferencial da democracia é q os conceitos de bom, justo e de verdade sao relativos. Regimes autoritários é q os têm estritamente definidos e perseguem qm escapa deste conceito.
    Acresço ainda: sempre eles têm pretextos bonitos para isso. Sempre dizer querer te proteger do "mal".

    Ñ penso, contudo, q SÓ minorias como os gays possam fazer manifestaçoes em massa, como passeatas. A liberdade de expressao da à TODOS o direito de fazer passeatas, sem critérios qunatitativos (minorias podem, maiorias ñ). Lógico q gays (bem como imigrantes, emigrantes, pretos, idosos etc.) precisam mt mais delas p se afirmar ante a sociedade doq os heteros, q ja a dominam.
    Mas eu mantenho q tenho todo o direito de, querendo, organizar passeatas ou usar camisas de orgulho branco, norte-americano, hetero, carioca, paulista,jovem, classe média, morador de bairro rico, ou qq outro -- DESDE Q Ñ SEJA OFENSIVO, pq aí posso entrar nas 2 excessoes ja citadas q acho justas à livre expressao. Deve haver uma preocupaçao c essas manifestaçoes de orgulho p q ñ se tornem preconceituosas, mas n se deve vetá-las logo de cara.

    Ah, o caso da camisa "100% ariano" entra numa das 2 excessões q aceito à livre palavra, o da incitação À violência, já q esta era uma ideologia violentíssima.


    Abç,
    Bruno Carvalho

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  18. Continuo ser ver a relevância dos pontos que você levantou...Sinceramente, Bruno!

    Estou mesmo sem vontade de responder...Já li!
    Quando estiver mais triste volto aqui para debater...Agora, não vai dar!!!

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  19. Junior, vc ja me chamou de "RECIPIENTE CHEIO" (c letras maiúsculas), de "tudo sei", e agora adjetivou meu texto como irrelevante e anunciou q voltara aqui ''qd estiver mais triste'' -- me pareceu uma ironia. Já foram 4 foras vindos de vc, e NENHUM de mim. O máximo q fiz foi sugerir na sacanagem q ñ namores a mesma mulher por mto tempo pq elas tendem a ficar chatas, embora n quisesse mandar na tua vida. Apenas brinquei, e acho q isso ficou bem claro.

    Vc ñ gosta doq escrevo? Entao ñ leia!! Mas esse negócio de ficar qualificando-me (sem me conhecer) ou meus textos SEM Q EU TENHA FEITO O MESMO C/VC é bizarro. Acredito muito em reciprocidade, oq vale pra um vale pra outro. Portanto, se eu n falei da sua personalidade, cheia ou vazia, ou da relevância dos teus escritos, ñ vejo pq vc fazer o oposto cmg.

    Ficou ofendidinho pq eu supostamente ignorei seus ptos de vista ("senti-me ofendido ao ter o meu ponto de vista ignorado por você, justamente por eu ter feito uma longa explanação [...]") apenas pq eu ñ respondi do jeito q vc gostaria q eu respondesse? Só lamento. Agora, vais ficar (des)qualificando meus escritos ou minha pessoa tda vez q escreveres? Que porra é essa? Q tal vc guardar o seu "senti-me ofendido" para o dia em q eu REALMENTE disser algo ofensivo? Q tal salvar o seu "Continuo ser ver a relevância dos pontos que você levantou" para o dia em q EU te adjetivar como irrelevante primeiro?

    Eu li coisas suas das quais discordei e nem por isso entrei numa de esculachar oq vc escreveu. Ou passei direto (falta de tpo, esquecimento ou desinteresse em contraditar tais pontos) ou tive respeito e ñ detonei.

    Já q vc n viu "relevância" noq escrevi, ñ volte p debater cmg, debata c outras pessoas, com gente q vc considere relevante ou do teu nível. Mas pare de ficar diminuindo os outros de graça q é falta de respeito, especialmente pq este blog é de uma terceira pessoa. Qm fala oq quer ouve oq ñ quer.

    Bruno Carvalho

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  20. Ok, Bruno!
    Respeito o seu pedido de não discutir mais com você.

    Só me dou o direito de esclarecer a você e a todos que vêm acompanhando a discussão que não qualifiquei a sua pessoa nem estou na posição de fazê-lo.

    Quando me ative à (não) relevância do que você escreveu, referi-me ao fato de que os novos tópicos por você apontados não acrescentavam por não serem em nada diferentes dos anteriores e, portanto, não meritavam uma nova explanação ou consideração da minha parte.

    Quanto ao fato de dizer que "voltaria quando estivesse mais triste", não o fiz com qualquer tipo de ironia, apenas quis dizer que quando se está muito feliz não se discute por tolices(tenho estado muito feliz; estou apaixonado e não é por uma mulher chata).

    Percebi, também, pela maneira pouco perspicaz com que você respondeu às minhas considerações, que vc não teve o cuidado devido ao ler o meu texto. Não vi que tivesse contra-argumentado, sabe? Por isso, pareceu-me que você já tivesse uma opinião formada sobre tudo, o que justifica os adjetivos (em parte irônicos, sim) de "RECIPIENTE CHEIO" e "TUDO SEI".

    Eu estou achando, mesmo, muito chato discutir com você, mas não por achar que você seja menos sabido que eu. Acho você bem sabido!!! Mas gosto de gente de conceitos mais leves, do tipo metamorfose ambulante. Você não me parece alguém que tenha espaço para acolher novas ideias, pelo menos, foi assim que se comportou.

    Independentemente de o blog ser de uma terceira pessoa, o espaço foi aberto para haver uma discussão e penso que a dona do espaço deve estar adorando, afinal, o motivo de estarmos aqui é porque o texto dela nos provocou tudo isso.

    Considerei muito o que você disse, de maneira que transformei isso numa postagem do meu blog. Embora não esteja na posição de dar conselhos, atrevo-me a dizer que nenhuma discussão vale a pena, a menos que as partes estejam dispostas a mudar de opinião. Repito, não me interessa que você tenha escolhido pensar de uma forma e que pra você "ISSO" ou "AQUILO"...Esperava que vc me desse argumentos para eu acreditar que a sua maneira de pensar me levaria a um progresso. Vc só esteve preocupado em assumir uma opinião. Não pedi que mudasse a sua opinião e, muito menos, que pensasse como eu; só quis que tivesse considerado a importância dos argumentos que dei e que levasse em conta as temeridades da radicalidade da sua opinião.

    Sei que, em vários momentos, passei do limite da cordialidade devida e do respeito. Peço perdão pela minha falta de habilidade política e demagógica. Contudo, estou certo de que esses meus comentários motivaram a que você respondesse com avidez. Isso já é legal! Enriqueceu-me.

    Convido-o, mais uma vez, a que você repense as suas opiniões acerca da liberdade de expressão. Elas são deveras perigosas! Ainda assim, agradeço os seus comentários, alguns repetitivos, reiterando as minhas desculpas.

    Adorarei levar adiante novas discussões com vc, desde que esteja disposto, no futuro, a trazer bons argumentos que não girem em torno apenas dos seus conceitos e ideais particulares, levando em conta o bem de cada indivíduo com as suas nuances, diferenças e interesses particulares.

    ACHEI VOCÊ BEM INJUSTO - Mas, na internet, tudo pode ser apenas uma impressão.
    Abraços!
    João Júnior

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  21. Nossa, agora que eu vi o debate de vocês aqui, uau, rsrsrs... Quando levantei um tema polêmico não imaginei que a reação fosse ser essa. Vou escrever mais textos sobre o sol e as abelhinhas! Fui, beijos nos dois, rsrsrs...

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