segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E a poesia retorna...




As folhas balançando ao vento
O barulho e o cheiro da chuva que viria
Traziam certa melancolia

A alegria do sol se foi
Estava por ora escondida
Neste céu cinza
Em que reflexões eram trazidas

"A felicidade estava dentro de você", diziam-lhe.
Mas ela se indagava por que este lugar era tão perto e tão longe...

E ela chorava sem saber por quê
E ao aperceber-se disto
Chorava mais ainda...

E desejava ter nascido fria
Sem se importar tanto
Não por não querer amar
Mas porque sofria

Sofria ao ver a dor
Sentia o que o outro sentia
Por vezes, cansada, se isolava e desaparecia...

Talvez em um outro lugar, em outra época
A vida seria menos árdua
E ela não carregaria todas as dores do mundo em suas costas pequenas

E ela persistia: vendo o que ninguém via
E sentindo dores que ninguém sentia...

Até que um anjo veio e disse:
"Não és louca, menina! A sensibilidade é uma dádiva, mas também um fardo, pois exige responsabilidade. Encontrarás tua felicidade na caridade".

E aquela solidão foi transformada em compaixão e alegria.
Pois agora ela sabia que sua lágrimas seriam transformadas em luz se assim quisesse.
(Natalia B. - Mediunidade)

4 comentários:

  1. Meu orgulho, sua sensibilidade é impar. Te amo. Daniel Accioly

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  2. Belíssimo poema!!!
    Parabéns Nath!!
    Bjs...Flávia Mendes

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  3. Como já te falei, há tempos não lia algo tão bonito. E seu comentário no meu blog foi quase uma finalização pra tudo o que eu tentei dizer. Muito pontual, pertinente e sensível, exatamente como você é. Bjos!!

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  4. Gostei mto. Sensivel e traz um pouco de todos nos que queremos carregar o mundo nas costas e por vezes cansamos!!!

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