Conectados?
Estávamos cada vez mais distantes!
Separados por uma tela fria
A ilusão de união logo se desfaz:
O virtual e o real não se misturam mais
Longas conversas e risadas
São substituídas por promessas vagas
Teclas e "cutucadas"
"Vamos marcar"?
"Sim, vamos! Quando o computador pifar!"
Quem não está na rede social
Não parece real
Não existe
Não tem 500 amigos
Não é legal
"Por que não fui convidado?"
"Porque não está no facebook!
Esqueci de você...
É um excluído, um alienado!"
A megalomania controla seus dias
"Olhem a foto do meu almoço"!
"Como sou linda"! "Dá aí uma curtida?"
Somos insetos, presos em uma teia:
A da integração antissocial.
Ainda prefiro olhos nos olhos
Contato físico, abraços e afagos
Poucos amigos, mas reais:
Que vêm até a minha casa, me telefonam
Se preocupam e compartilham
Não imagens no meu mural
Mas dores, lágrimas, alegria
E muito mais..."
(Natalia B.)
Escrevi esse poema refletindo sobre como as pessoas têm utilizado as redes sociais, a internet, que muitas vezes, ao invés de aproximar quem está longe, acabam afastando quem está perto. Obviamente não acredito que sejam um "mal" em si mesmas. A internet apenas reflete os conflitos e anseios que ocorrem na sociedade: individualismo, egoísmo, materialismo... Mas também podem ser utilizadas para o bem, para divulgar boas ideias.