"Queria mostrar suas entranhas e exibir suas cicatrizes com orgulho. Ora, não era isso que os poetas faziam? É preciso coragem para expor seus medos e falhas. Não há como um escritor fugir de si mesmo. Como espectador do mundo e ator principal de sua própria vida, ele a vive intensamente, e a partir de sua percepção, observa, reflete, escreve e devolve ao universo aquilo que recebeu: sua sensibilidade. Mas o filtro era ele mesmo! Por isso ela costumava dizer que cada poema era como um parto, um filho. É igualmente um exercício de empatia, de compaixão. Pois quando não escrevemos sobre nossas próprias experiências, escrevemos sobre as de outrem, porém, como se as tivéssemos vivido na pele". (Natalia B.)